sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SIM E NÃO. DITADURA OU LIBERALISMO?

Uma palavra aos pais.

Limite! Todos e tudo têm um limite, ou pelo menos deveria ter. Limite é uma linha divisória entre o permitido e o perigo. Limite é o que nos ensina o que podemos ter ou ser, ou ainda, até onde podemos chegar. Ultrapassar essa linha divisória é perigoso, fica-se á mercê de situações não conhecidas, é por em risco, muitas vezes, a sua própria vida. Ainda assim muitos parecem não ter limites, muitos desses sucumbem ao descobrirem que não se pode tudo.

Existem duas palavras, antagônicas entre si, que expõe e determina nossos limites: sim e não. Pequenas em letras, mas grandes em resultados.
O sucesso ou fracasso de muitos, como políticos, empresários, esportistas, empregados e pessoas comuns, sejam ricas ou pobres, é delineado pelos sins e nãos que receberam desde que nasceram. Isso mesmo, desde que nasceram.
Muitos pais querem deixar o filho crescer “um pouco” para poder discipliná-los e quando despertam para essa necessidade é quando os filhos já estão “ultrapassando os limites”.
Limites esses que eles não conhecem porque nunca lhes foram apresentado pelos pais.
Quantos pais passam por momentos de vergonha por causa da atitude dos filhos. Ora é querer que se compre ‘aquele’ brinquedo ou ‘aquela’ roupa, ora é querendo sair para ‘aquele’ lugar, e quase sempre tem aquele “teatro” na presença de alguém.
Por outro lado existem crianças que parecem que são as menores e piores criaturas que pisaram a face da terra. Não se comunicam. Não se expressam e de maneira alguma deixa que alguns de seus desejos sejam conhecidos. Morrem de sede, mas não pedem um copo d’água.
Há uma necessidade muito grande de se aprender sobre o uso dessas duas palavras tão preciosas, veja o que o mestre Jesus nos ensina em Mateus 5.37:
“Seja, porém, a tua palavra: sim, sim, não, não. O que disto passar vem do maligno”.
É interessante ver como a Bíblia é contra toda forma de excentricidade, de exageros!
O sim é muito importante na vida nossa de cada dia. Ele nos mostra o lado bom da vida, o que me é permitido. Ele é a porta que desejamos estar sempre aberta em todos os nossos desejos. É a resposta esperada sempre que abrimos a boca ao pedirmos algo a alguém.
O sim nos mostra que podemos entrar sair, fazer, comprar, ir ou vir.
É preciso que o pai aprenda a falar sim ao seu filho. Brincar com o amigo; ver um programa de TV; comprar um doce; jogar vídeo game; tirar o calçado...
Tudo isso é importante para a criança e não pode ser simplesmente proibido pelos pais. O que esses pais precisam aprender é que existe o momento certo para tudo isso.
Por que ‘os pais’ precisam aprender? Você deve estar se perguntando. É porque são eles quem irá ensinar aos filhos. O problema maior é quando os pais não sabem usar o sim.
Leia esse versículo:
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”.
(PV 29:15)
Esse texto revela um lado de muitas famílias, lado esse que muitos querem esquecer.
Filhos que não aprenderam a ter limite com os pais levam para a vida esse aprendizado às avessas.
Os pais precisam sempre comparecer à escola (isso quando o filho não é expulso do colégio). Na igreja, no trabalho, e até diante da justiça esses filhos não se incomodam em pensar que todos precisam ser como os seus pais foram desde que ele era bebê, não dizia não.
Alguns pais até tentam dizer não, mas diante da insistência, da birra e para não escutar aquele choro, abrem mão e liberam o sim, não importa para o que seja.
Aprenda duas coisas importantes:
• 1º - Seu filho não vai morrer de chorar.
• 2º - Seu filho sabe quantos “nãos” você fala antes de falar o “sim”.
Portanto o choro e a birra é somente a pressão, a estratégia dele, pois ele sabe que a qualquer momento o sim será liberado. Então se o pai sustentar o não e lhe disciplinar pela birra, fazendo isso sempre que necessário, o filho deixará de usar essa estratégia. Ele aprenderá que não adianta chorar porque o não continuará sendo não.
“Se alguém mimar o escravo desde a infância, por fim ele quererá ser filho”. (PV 29:21).
Leia de novo:
“Se alguém mimar o escravo desde a infância, por fim ele quererá ser filho”.
A permissividade, o uso do sim deliberadamente produz o que esse provérbio diz:
Pessoas que se acham ser sempre além do que são. Não tem limites, estão em perigo.
O não é tão importante na nossa vida quanto o sim, se este para nós é a porta aberta nos dando legalidade, aquele é a mostra de que essa porta às vezes pode estar fechada.
O não revela os limites, é ele que nos dá condições de permanecer no lugar seguro do sim. Não podemos tudo, não teremos tudo, não dominamos todos, mais, não somos tudo.
Confesso, com certa resistência, que estamos vivendo dias difíceis de si dizer não a um filho. Desde as décadas de 60 e 70, quando se tornou público a máxima de que era “proibido proibir”, que aos poucos vem se perdendo os valores da família. O liberalismo secular, em que tudo é permitido, e até algumas religiões (anti Bíblicas por sinal) que se apóiam na “paz e amor” do movimento hippie, são barreiras para que pais eduquem os seus filhos e saibam lhe falar um não quando preciso.
“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto”. (PV 27:5).
Como já vimos que tudo que é exagerado não convém, com o não também não é diferente.
Muitos pais que carregam o peso da educação ditatorial que receberam, e com medo que o filho se perca nesse mundo globalizado de hoje, tenta de todas as formas ‘segurar’ o garoto. E o mais ‘fácil’ é usar o ‘não’ como palavra de ordem.
As coisas mais simples aclamadas pelos pequenos são sempre vítimas de um sonoro não. Muitas vezes acompanhados com surras que beiram ao espancamento. São pais muitas das vezes feridos e vítimas das mais diversas atrocidades e agora não conseguem fazer diferente.
Esses filhos muitas vezes crescem também feridos e cheios de traumas. Não é regra, mas dependendo do seu temperamento seguem por um de dois caminhos:
• Fecham-se para a vida. Tornam-se reféns de tudo e de todos, não tendo nenhum poder de reação diante de situações vexatórias que ás vezes é colocado. Muitos conhecidos como “humildes” estão nesse grupo
• A outra opção é subir na vida para mostrar que não precisa de ninguém. Esses passam por cima de tudo e de todos em busca de seus objetivos. O pior é que quando os alcançam descobre que eles não lhes acrescentaram nada á sua vida. Muitos dos “arrogantes” e “egoístas” que conhecemos fazem parte deste grupo de feridos.
Leia com atenção este versículo Bíblico:
“Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.” (PV 19:18)
É triste quando vimos uma notícia de que o pai matou o próprio filho. Não sei se o pior é esse que mata e leva ao túmulo ou os outros, que os mata em vida (estes com certeza existem em maior número). Matam os sonhos, os projetos, enterram a vida do próprio filho e os deixam no mundo sem nenhuma esperança, pois quem lhes deveria amar os reprimiu. Deveriam ter conhecido que mesmo algumas portas se fechando outras deveriam estar abertas.
Como o próprio Jesus disse, o que passar de sim e não são coisas do maligno.

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